A política da Paraíba tem se transformado na arte de unir adversários, até históricos, em futuros aliados – em que pese não serem inimigos pessoais.
O exemplo mais recente é a troca de afagos públicos entre o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), ambos pré-candidatos ao Governo nas eleições deste ano.
As duas famílias sempre foram adversárias em Campina Grande, segundo maior colégio eleitoral da Paraíba. Agora, já admitem antes mesmo de oficializar a candidatura a possibilidade real de aliança em um eventual segundo turno.
Sem esquecer que os dois partidos, pelo menos as figuras centrais destes, um dia estiveram juntos, mas se “divorciaram” pós episódio do Clube Campestre em 1998. E não se uniram mais… até o momento.
Essas movimentações entre adversários, na Paraíba, não vêm de agora. A mais improvável das alianças na história recente da política paraibana aconteceu em 2010.
Em jogo estava a eleição do então prefeito da Capital Ricardo Coutinho ao Governo. O tucano Cássio Cunha Lima foi essencial para a vitória. Não durou mais do que essa eleição.
Não condeno aqui os aliados/adversários, mas o tipo de aliança que vai de encontro a ideologias – me pergunto se ainda há a prática do termo.
Poderia se dizer que a política em Campina está diferente ou que a Paraíba está diferente em termos de ser e se fazer oposição? Cito Campina porque a cidade sempre é palco de embates políticos em tempos de eleição.
Mas, nos últimos anos, a política em geral se transformou na arte da sobrevivência a cada eleição.
Que o diga os políticos e seus partidos, que têm sido “ocupados” a depender dos interesses. Alguns grandes sobrevivem, mas a que preço.
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