A Câmara Municipal de Campina Grande perdeu a oportunidade de mostrar a pluralidade que é o estado democrático de direito e de que a política não é feita “por e para alguns”, além do dever que tem o Legislativo de discutir todo e qualquer tema, independente de opiniões pessoais.
Durante a sessão dessa quinta-feira (28), o requerimento da vereadora Jô Oliveira (PCdoB), para a realização de uma audiência pública para debater políticas públicas para a comunidade LGBTQIAP+ do município, foi rejeitada pela maioria.
Os parlamentares, não todos, deram um “show” de preconceito com destaque para o vereador Alexandre do Sindicato. Criticou as políticas públicas de valorização das minorias. “Isso não é política pública. Isso é ditadura”.
No Twitter, a vereadora desabafou sobre a rejeição à audiência pública. “Não consigo expressar outro sentimento que não seja revolta. Negar uma audiência pública é limitar as vozes dessa população de nosso município. Principalmente, porque sabemos as ausências em relação a políticas públicas”, disse.
Ela complementou: “Mesmo não fazendo parte da comunidade, me sinto ofendida. Em outros momentos de debate nessa Casa, inclusive com pautas que eu discordo, mas nunca me coloquei contrária. O debate da Casa do povo deve acontecer independente do que a gente acredita”.
A vereadora lembrou que essas pessoas votam e que podem “não existir” para a Câmara, mas que continuarão existindo fora dela.
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