Ao ser perguntado se poderia se aliar ao governador João Azevêdo (Cidadania), o deputado federal Julian Lemos (PSL) foi rápido na resposta: “Se o governador me escutasse, eu que escuto os praças, escuto os policiais, se ele me chamar para criar estratégias para melhorar a segurança, eu danço até forró no meio da rua com ele. Eu quero resultados”.
Em entrevista ao programa Correio Debate (98 FM), nesta sexta-feira (30), Julian disse que se mantém aberto ao diálogo com João, caso seja convidado para tratar sobre estratégias voltadas para a segurança pública da Paraíba.
Em relação às eleições majoritárias de 2022, Julian não alisou ao falar do ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD), pretenso candidato ao Governo do Estado em 2022, no campo das oposições. Julian disse que o campinense se “perdeu” ao buscar atrelar sua história com a de Bolsonaro. “Ele criou uma áurea de que é um grande amigo do presidente, quando não é”.
Disse que como eleitor, não consegue enxergar Romero, governador da Paraíba. E disparou: o ex-prefeito não é líder, bem diferente do ex-senador Cássio Cunha Lima, “que é líder”. “[Romero] não tem sangue nos olhos”, descreveu o deputado federal.
Em relação a pretensa reeleição de João Azevêdo, Julian disse que é crítico do governador, mas consegue ver nele um esforço de querer fazer. Disse que gostaria de ajudá-lo, mas dentro da pauta da segurança pública. Disse que o governador tem legitimidade para pleitear a reeleição e que uma aliança teria condicionantes.
Sobre a relação com o presidente Jair Bolsonaro, que ensaiou uma volta ao PSL, Julian foi taxativo: “O presidente, para mim, hoje, é uma página virada”. E continuou: “O presidente Bolsonaro chegou no PSL depois de mim”.
O deputado disse que foi chamado por Bolsonaro para tomar o PSL de Luciano Bivar. Disse não ter aceitado e, por isso, o presidente, leia-se os filhos, teria pedido “sua cabeça”.
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