Um grupo de manifestantes, que se diziam representantes da construção civil em João Pessoa, invadiu o Centro Administrativo Municipal, durante assinatura, nesta quinta-feira (22), da Ordem de Serviço para a implantação do projeto Papel Zero na Capital. Eles cercaram o auditório onde o prefeito Cícero Lucena no momento em que ele concedia uma entrevista coletiva à imprensa.
Informações dão conta de que dois representantes da construção civil queriam uma audiência com o prefeito, naquele momento, mas devido a agenda em andamento, não foi possível, já que não havia sido marcada anteriormente.
O clima ficou tenso e, em determinado, momento, Cícero chegou a ser agredido verbalmente com palavras de baixo calão, inclusive com ameaça de morte. Apesar do clima de tensão, o prefeito determinou que uma comissão da categoria fosse recebida pelo secretário de Articulação, Diego Tavares, que ouviu as demandas.
“Queremos entender primeiro o que eles querem, quais as reivindicações, para que a gente possa dialogar. Todos aqueles que apresentarem os projetos que já estejam na Prefeitura, ou até o protocolo antes mesmo do pré-projeto, nós iremos garantir que continuem as obras, para garantir os investimentos foram feitos. Mas, não podemos garantir aqueles que ainda vão comprar uma área para investir”, disse Diego Tavares.
Ele garantiu que tão logo receba as reivindicações formais, será marcada uma audiência com Cícero Lucena.
No início da tarde, a Prefeitura de João Pessoa divulgou uma nota, onde lamentou as cenas registradas na manhã desta quinta, no Centro Administrativo.
“Sob a justificativa de obrigar uma audiência de supostos representantes da construção civil com o Executivo, um grupo de manifestantes promoveu a invasão do local com violência e tentou encerrar aos socos e pontapés uma entrevista coletiva.
A Prefeitura da Capital reitera que está aberta ao diálogo com todas as entidades ou representações sindicais, tendo inclusive recebido o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) na semana passada e o fará quantas vezes forem necessárias, desde que o respeito às normas de boa convivência ocorra.
Lamentavelmente, observamos, mais uma vez, que pessoas com interesses diversos se infiltraram na manifestação para provocar tumulto.
A Prefeitura registra ainda seu repúdio diante de atitudes ofensivas aos servidores públicos, que em seu estrito dever de cumprir o ordenamento social e evitar as aglomerações que ensejam riscos à contaminação pela Covid-19 tentaram conter a multidão.
Apelamos para o bom senso da categoria, lembrando que não será através de ofensas ou ameaças a servidores públicos que teremos avanço no diálogo.
Reiteramos nosso compromisso de cuidar das pessoas, preservando a vida e os direitos mais elementares, desde que sejam buscadas com respeito às normas legais e ao ordenamento jurídico nacional”.
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