Arthur Lira faz “campanha” por Ludhmilla Hajjar

O presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (Progressistas), foi ao Twitter para fazer “campanha” pela nomeação da cardiologista Ludhmilla Hajjar no cargo de ministra da Saúde, em substituição ao general Eduardo Pazuello, que teria entregue o cargo. Ele nega, mas afirmou que, caso o presidente Jair Bolsonaro peça o cargo, ele assim o fará. Só a defesa já dá indícios de que o Centro não está para brincadeira, deixando Bolsonaro quase em uma saia justa.

“O enfrentamento da pandemia exige competência técnica, sem dúvida nenhuma. Mas exige ainda mais uma ampla e experiente capacidade de diálogo político, pois envolve todos os entes federativos, o Congresso, o Judiciário, além do complexo e multifacetado Sistema Único de Saúde”, disse Lira na tarde deste domingo (14).

A verdade é que a atuação de Pazuello, à frente do Ministério, principalmente em relação à compra de doses de vacina tardia, levou o Centrão a pressionar por uma troca no comando da Pasta. A atual conjuntura política, marcada pelo “retorno” do ex-presidente Lula ao jogo, após o ministro Edson Fachin anular todas as condenações do petista, contribuiu e muito para acelerar a cobrança por alguém mais técnico.

Arthur Lira, que foi eleito com o apoio do Centrão e de Bolsonaro, afirmou que os atributos necessários para o bom desempenho à frente da pandemia são capacidade técnica e de diálogo político com os inúmeros entes federativos e instâncias técnicas. “São exatamente as qualidades que enxergo na doutora Ludhmila”, destacou.

Ele complementou: “Espero e torço para que, caso nomeada ministra da Saúde, consiga desempenhar bem as novas funções. Pelo bem do país e do povo brasileiro, nesta hora de enorme apreensão e gravidade. Como ministra, se confirmada, estarei à inteira disposição”. Bolsonaro se reuniu com a médica cardiologista hoje à tarde, mas ainda não bateu o martelo.

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