O General Eduardo Pazuello teria comunicado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), neste domingo (14), a saída do Ministério da Saúde. Ele teria alegado problemas de saúde e que, por isso, precisará de mais tempo para se a reabilitar. Mas, esse afastamento tem nome e sobrenome: o Centrão. O bloco questiona a condução do órgão, que já teve outros dois ministros (Henrique Mandetta e Nelson Teich), e de Pazuello em relação à pandemia do novo coronavírus.
O pedido de afastamento acontece um dia após a reunião do ministro com os governadores do Nordeste, para definir a compra de 36 milhões de doses da vacina russa Sputnik V, e em meio à pressão por parte do Centrão, responsável pela eleição do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (Progressistas), nome escolhido por Bolsonaro para derrotar o deputado Rodrigo Maia (Democratas), crítico ferrenho do presidente, e que tinha como candidato, Baleia Rossi, do MDB.
Dois médicos cardiologistas são cotados para substituir Pazuello: Ludhmila Abrahão Hajjar, professora associada da USP, e o paraibano Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O primeiro nome é o preferido de Arthur Lira e de deputados do Centrão. O segundo é do agrado de Bolsonaro.
Bolsonaro, segundo informações do UOL, está reunido com a cardiologista Ludhmila Rajjar, do Incor e da rede Vila Nova Star, desde o início da tarde de hoje. Oficialmente, o Ministério da Saúde não confirma a saída do general do cargo. “O Ministério da Saúde informa que até o presente momento o ministro Eduardo Pazuello segue à frente da Pasta, com sua gestão empenhada nas ações de enfrentamento da pandemia no Brasil”, diz o ministério, por meio de nota na tarde de hoje.
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