Partidos fazem charme, mas querem largar o “osso” do Governo Lula

Todos querem criticar o Governo Lula, mas não largar o “osso”. É o caso do União Brasil. De acordo com o senador Efraim Filho (PB), a legenda quer manter os três ministérios e já iniciou a pressão junto ao presidente Lula (PT), que deve fazer uma reforma no quadro de auxiliares em virtude da queda de popularidade.

Líder do partido no Senado, Efraim Filho afirmou que 2025 será um ano de “travessia e governabilidade”, mas que a queda de popularidade do petista pode influenciar nas negociações políticas e eleitorais para as eleições de 2026.

Disse ter conversado com o presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, quanto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sobre os cargos que a sigla ocupa no governo. Segundo Efraim, além de manter os três ministérios, a legenda quer manter os ocupantes.

“O entendimento do partido é permanecer com seus espaços e com os nomes, inclusive. Os nomes dos ministros Juscelino Filho (Comunicações), Celso Sabino (Turismo) e Waldez Góes (Integração Nacional) são referendados pelas bancadas e pelo presidente Davi e têm apoio para permanecer nos seus espaços”, afirmou. “O União Brasil não deseja abrir mão desses espaços nem trocar de ministérios. O partido quer manter os espaços e os nomes que já estão lá”, disse em entrevista ao Estadão.

Para Efraim, a queda de popularidade do presidente não deve afetar, por ora, o apoio dos partidos de centro ao governo. O problema para o Palácio do Planalto, segundo o senador, é que se essa impopularidade se prolongar, pode haver efeitos em 2026, quando a discussão terá mais elementos eleitorais.

“O sentimento do União Brasil é de que 2025 é um ano de travessia, de governabilidade. Discussões sobre eleição e apoio na eleição não estarão na pauta de 2025; serão pauta de 2026. Essa queda de popularidade claro que é um problema para o governo, que tem que estar atento a isso”, declarou.