João colocar Lucas no jogo de 2026 deveria chocar um total de zero pessoas

O governador João Azevêdo (PSB), ao dizer que o vice Lucas Ribeiro (PP) é um candidato natural ao Palácio da Redenção, em 2026, deveria ser óbvio, porque é isso que é, mas gerou um bochicho político além da medida.

Se João deixar o governo em abril de 2026, para disputar uma das duas vagas ao Senado, Lucas assumirá o mandato por oito meses. É constitucional. Esse ponto é pacífico.

Mas, até em um cenário onde o governador opte por ficar, Lucas pode sim concorrer à cabeça de chapa. Assim como, por decisão de grupo ou própria, pode permanecer na chapa majoritária na condição de vice. Pode ainda assumir e não disputar a majoritária.

O respeito ao direito do vice-governador, de ser citado como opção por João para a disputar, precisa existir.

Assim como é direito do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adriano Galdino (Republicanos), lançar sua pré-candidatura ao governo e dizer que vai buscar se viabilizar/convencer, junto à base governista, para tal.

A incitação à discórdia de bastidor é ir de encontro ao que pregam os líderes do PP, deputado Aguinaldo Ribeiro, e do Republicanos, Hugo Motta, de que não haverá imposição de nome e que é preciso manter a unidade em torno do projeto que tem à frente João Azevêdo.

Lucas tem se mantido tranquilo em relação ao processo de 2026. Em entrevista ao programa Meio-Dia Paraíba (POP FM), essa semana, ele agradeceu a confiança por parte do governador: “Primeiramente, agradecer ao governador pela confiança, isso não acontece por acaso, é uma construção. Estamos ao longo dos anos em construção, num forte trabalho pelo estado”.