“Novela mexicana” chegou ao último capítulo e o final deu o esperado, a julgar pelos movimentos dos últimos dias: o deputado Romero Rodrigues não disputará a Prefeitura de Campina Grande nas eleições deste ano.
A informação foi dada pelo ex-prefeito campinense na chegada à convenção do Podemos, agora há pouco.
Romero chega a esse 5 dia agosto com a pecha de frustrar, pela terceira vez, o eleitor. Em 2018 e 2022, quando cotado para a disputa pelo Governo do Estado, desistiu e, agora, em 2024.
Desistir não é demérito, a questão é a demora nas atitudes. Pedir desculpas tardiamente talvez não tenha o efeito pretendido.
Na verdade, esticou uma corda, “alimentou” o eleitorado ao não ser claro, além de beijos e novos aliados como o Republicanos, que esperavam até muito tempo antes de perceberem que Romero não sairia do canto.
Ao chegar no Garden Hotel, nesta segunda-feira (5), o parlamentar oficializou que não disputará o cargo de prefeito e alegou questões familiares para não entrar na disputa. Ele é primeiro de Glória Cunha Lima, viúva de Ronaldo, irmão de Ivandro, avô do prefeito Bruno Cunha Lima.
Durante o evento, Romero afirmou que a tendência, já celebrada desde o início da semana passada, de apoio , de quem estava afastado politicamente há mais de um ano. Lembrando que Romero foi o principal fiador de Bruno nas eleições de 2020, vencidas em primeiro turno.
Apesar do indicativo, ele deve liberar os filiados do Podemos para que escolham em quem votar na majoritária. Boa parte é contrária à gestão Cunha Lima.
Nos bastidores, há a tendência que Romero indique o candidato a vice de Bruno. Dentre os nomes cogitados para o posto estão do deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB), do ex-secretário de Saúde de Campina Felipe Reul (PSDB), do presidente do Podemos-CG, Alcindor Vilarim, e médica Micheline Rodrigues, esposa de Romero Rodrigues.