Declaração infeliz? Não. Irresponsável, no mínimo. A fala do prefeito de Pombal, Doutor Verissinho (MDB), de que ter filhos com Transtorno do Espectro Autista seria “uma infelicidade” mostra que o quanto a política “de interior” ainda é misógina, preconceituosa, ignorante em todos os sentidos, com gestores que se intitulam “doutores”, mas no fundo, são despreparados para o cargo que tanto se dobram para ocupar.
A fala de Verissinho, que encerrará o segundo mandato este ano, ocorreu durante entrevista coletiva para falar sobre as comemorações dos 326 anos de aniversário da cidade.
“As pessoas têm a infelicidade de ter filhos com transtorno”, disse o prefeito com a franqueza de quem parece não ter noção de uma fala tola e inconsequente. Ou tem e pouco está preocupado com o efeito produzido. Não seria uma supresa a segunda opção.
Prefeitos despreparados não é uma condição inerente a Pombal, existem muitos gestões que sequer tem educaçâo, e não trato aqui apenas de escolaridade, mas como médico, Dr. Verissinho, demonstra que está muito aquém do título e do cargo que ocupa. O “exemplo” arrasta, não é o que dizem.
Parece que sim, já que uma apoiadora saiu em defesa do gestor em mensagem no WhatsApp. “O povo hoje tá cheio de besteira. Que Deus me perdoe, um menino autista é um menino doido. E quem é que quer ter um filho doido?”, disparo a mulher.
Triste fim de uma cidade ou de cidades que têm gestores tão desqualificados administrativamente, e até individualmente, falando.
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