Não tem jeito, é machismo seguido de machismo na política. A fala do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, de que a deputada federal Tábata Amaral, pré-candidata a prefeita de São Paulo, não entende de gestão pública, só reflete o machismo e a misoginia arraigados na política.
E disse mais: que ser “namorada” de prefeito não significa experiência.
Olha só quem fala. Aquele que um dia pensou, ou vai que ainda pensa, em emplacar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que nunca trabalhou em gestão pública estadual ou municipal ou teve mandatos eletivos, como candidata a presidência da República em 2026.
Será que é porque ele e os demais integrantes do PL acham que podem controlá-la. Não dá né meu fi.
Tábata, assim como Michelle, tem sim dois homens públicos ao lado, nunca na retaguarda, no caso o prefeito de Recife, João Campos, e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A velha política, que já influencia gerações, se acha a dona do pedaço, mas passa cada vergonha.
Tábata é deputada federal, atuante. É preciso se respeitar as experiências e vivências. Não tenho procuração para falar por ela, mas me sinto no dever de colocar esse tema sempre para discussão.
Quanto aos homens, vejamos: João Campos é filho do ex-governador Eduardo Campos, mas isso não o tornou gestor. Poderia ter assumido a Prefeitura e ser um fiasco.
Jair Bolsonaro, quase 30 anos de mandato na Câmara Federal, se elegeu presidente, mas não se reelegeu. Muito em função de suas próprias ações ou a falta delas.
E outra: quantos prefeitos e governadores saíram do Parlamento e nem por isso são gestores medíocres ou péssimos. Já outros, sem comentários.
Então, não me venham com essa desculpinha de político que tem medo de sombra.
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