Eleições Crea-PB: apoios consolidados, reviravolta política e voo solo

As eleições para presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba (Crea-PB) serão realizadas nesta sexta-feira (17, em uma campanha marcada por características ímpares e intrigantes. Também serão escolhidos os diretores da Mútua e Confea.

Em uma guinada surpreendente no cenário político da eleição no Sistema Confea/Crea e Mútua, o candidato à presidência do Crea-PB e ex-conselheiro federal, o engenheiro de Minas Renan Azevedo, decidiu apoiar o antigo desafeto, Francisco Almeida, diretor-geral da Mútua Nacional licenciado e candidato ao Confea.

Durante o mandato como conselheiro, Renan sempre esteve em lado oposto a Francisco, em uma rivalidade política que parecia intransponível.

A tensão era ainda mais acentuada devido à presença constante de Giucélia Figueiredo, madrinha política de Renan, que compartilhava das discordâncias acirradas com Francisco. As disputas entre os três personagens moldaram uma narrativa política marcada por confrontos constantes.

A dinâmica política até então consolidada sofreu uma reviravolta com a articulação do apoio recíproco entre o engenheiro civil Hugo Paiva, candidato ao Crea-PB, e Vinícius Marchese, postulante ao Confea.

A chegada de Marchese à Paraíba consolidou essa aliança estratégica, deixando Renan Azevedo em uma encruzilhada política sem precedentes.

Diante desse novo panorama, Renan se viu sem saída e, ainda que de maneira bem tardia, tomou uma decisão inesperada: declarar apoio a Francisco Almeida. A complexidade das alianças políticas e a necessidade de adaptação a um cenário em constante evolução forçaram Renan a repensar suas posições e prioridades.

A união entre Hugo Paiva e Vinícius Marchese não apenas reconfigurou o tabuleiro político, mas também levou a uma mudança significativa na postura de Renan Azevedo.

O inusitado apoio a Francisco destaca a fluidez das alianças políticas, revelando que, em meio às disputas, até mesmo os adversários mais antigos podem encontrar motivos para colaboração.

Já o candidato o engenheiro civil Higo Braga segue em voo solo, eis que sua candidatura é avulsa, pois não possui candidatos à Mútua-PB, nem sequer declarou apoio a nenhum candidato ao Confea.

Do ponto de vista político, essa caminhada de Higo o deixa isolado e sem trânsito dentro do sistema Confea/Crea/Mútua, sendo justamente esse temor do isolamento o motivo que forçou Renan a rever as antigas posições.

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