Em discurso no seminário “Diálogos Tucanos’, em Brasília, o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima afirmou ter chegado enfrentado as eleições de 2022 “contra tudo e contra todos” e que não apoiou o então presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, “porque ele não nos representa”.
No encontro realizado em Brasília, nessa quinta-feira (24), Pedro disse ter orgulho de fazer parte do PSDB, hoje comandado pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Assista ao discurso no final do post
Apesar de no segundo turno contar com a apoio de parte da direita bolsonarista, e em meio às cobranças públicas de alguns integrantes, a exemplo de Nilvan Ferreira, que não passou do primeiro turno, o tucano decidiu não declarar voto para presidente da República.
“Tivemos a coragem de lançar uma candidatura ao governo do estado. Largamos com 9%. Nunca uma candidatura foi tão desacreditada no nosso estado”, declarou, citando o apoio dos deputados Camila Toscano, Tovar Correia Lima e Fábio Ramalho, presentes ao seminário.
E completou: “Contra tudo e contra todos chegamos no segundo turno. Em um estado onde 70% da população votou em Lula, tivemos a firmeza de não ficar com Bolsonaro porque ele não nos representa”.
Pelas contas de Pedro, “se 60 mil votos de lá pra cá tivessem vindo, a gente teria vencido aquela eleição”. A diferença entre o governador João Azevêdo, reeleito, e o ex-deputado Pedro Cunha Lima, no segundo turno, foi de pouco mais de 116 mil votos.
O tucano deve voltar à disputa pelo governo da Paraíba, em 2026. Com o fim do segundo mandato de João Azevêdo e o surgimento de novas forças, o jogo será zerado.
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