Durante visita à Campina Grande, o procurador e candidato a procurador-geral de Justiça do Ministério Público da Paraíba, Vitor Granadeiro, em entrevista à imprensa, destacou a importância da eficiência e dos resultados na atuação institucional do MP.
“Não vejo, na condição de promotor de Justiça, especialmente de alguém que esteja à frente da instituição, uma pessoa que seja estagnada, quieta, indiferente ao que está acontecendo no mundo. Nosso papel é também de levantar bandeiras, de provocar, conversar, discutir, defender a democracia”, afirmou.
A entrevista, que ocorreu na tarde da última terça-feira (18), foi realizada nos estúdios da rádio Panorâmica FM e conduzida pelo jornalista Max Silva. Granadeiro salientou, ainda, a necessidade de apontar a finalidade do Ministério Público enquanto órgão de controle social.
“O propósito do promotor de Justiça é trabalhar, dentro dos preceitos constitucionais, em favor da sociedade. Um exemplo prático: quando se comete um crime, não é só aquela pessoa ou sua família que é atingida; toda a comunidade, por menor que seja, também é agredida, e cabe ao Ministério Público defender essa comunidade”, disse.
Em relação ao processo de escolha do Procurador-Geral de Justiça, que acontece no final de julho, Vitor Granadeiro aponta os motivos que o levaram a aceitar o desafio de entrar na disputa.
“Alguns companheiros na instituição sugeriram meu nome, e eu aceitei. Quero mexer com o Ministério Público, transmitir aos colegas 230 promotores que o MP não é um órgão para ficar quieto, ele precisa estar ativo. E se eu tenho a oportunidade de fazer alguma coisa, eu vou fazer”, disse Granadeiro, que aproveitou a oportunidade para exaltar seus colegas na disputa.
“João Geraldo e Antônio Hortêncio (atual procurador geral) são pessoas da maior dignidade e capacidade, possuem os próprios ideais e totalmente aptos a exercer essa função, mas deixo meu nome à disposição com o objetivo de contribuir para uma sociedade melhor”, afirmou.
Sobre as dificuldades encontradas pelo Ministério Público, Granadeiro entende que o problema atual não se refere, apenas, ao número de promotores. “O gargalo diz respeito a desequilíbrios nas assessorias. Se um promotor trabalha com um assessor, e um outro colega dispõe de três, ele terá o triplo de oportunidades para resolver as demandas”, afirmou.
O candidato lembrou, ainda, que é necessário enfrentar os problemas de educação e saúde no estado. “Não é possível que um paciente demore 30 dias num leito de hospital à espera de uma cirurgia, e aqui não falo de uma determinada gestão, falo de um sistema que precisa ser melhorado”.
“Se por acaso vier a me tornar procurador de Justiça, pretendo levantar essas duas bandeiras para que sejam discutidas pelo Ministério Público e que possamos identificar qual a melhor forma de otimizar os serviços públicos”, finalizou.
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