Recém-filiado ao PL e pré-candidato a prefeito de João Pessoa, o ex-ministro Marcelo Queiroga garante que a direita “veio para ficar” no Brasil. Em entrevista ao Meio-Dia em Brasília, afirmou que o futuro da direita brasileira independe de Bolsonaro estar ou não inelegível.
A direita ressurgiu, é fato. Mas, antes de buscar voltar ao poder, independente de quem seja a liderança alçada, precisa se organizar politicamente e ideologicamente.
Vejamos, Queiroga voltou a Paraíba já “bagunçando o coreto”, como se diz no interior. Comprou briga com três das principais lideranças do partido no estado – deputados Cabo Gilberto Silva, presidente do PL da Capital, Walber Virgolino e o comunicador Nilvan Ferreira – e todos com votos que não podem ser descartados.
O ex-ministro já fala, inclusive, como dirigente partidário e avalizado pelo presidente estadual da legenda, o deputado federal Wellington Roberto, alvo dos três citados acima. Já traçou metas para as eleições municipais na Paraíba.
“Muita água vai rolar por baixo dessa ponte”, disse Queiroga. Ele garante: “Vamos jogar nas quatro linhas da Constituição e vamos recuperar o poder no Brasil, porque, em seis meses, essa gente está destruindo o país”.
O PL sempre foi um partido que transitou por “governos”, e muito bem, independente de lados. Se fez forte nas últimas eleições por força tão somente de Jair Bolsonaro e do bolsonarismo, não necessariamente da direita.
Caso o Tribunal Superior Eleitoral torne o ex-presidente inelegível até 2030, nesta sexta-feira (30), arrisco dizer que o PL ficará com Jair até as eleições de 2024. Quer queira, quer não, precisam do “puxador” de votos. O desempenho nas urnas nos municípios é que vai regir esse casamento.
Não, não estou dizendo que o PL se unirá à esquerda caso solte a mão de Bolsonaro. Mas, pode encontrar outro líder para chamar de seu, a exemplo de Tarcísio de Freitas, hoje no Republicanos, partido que se coloca no campo independente. E não é afeito a extremismos.
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