Eleito na onda, Nikolas Ferreira é a política “velha”

Não é a idade, nem a bandeira partidária. Esses dois pontos, sempre recorrentes em discussões políticas, não justificam o discurso debochado, preconceituoso do deputado Nikolas Ferreira (PL), na tribuna da Câmara Federal, neste 8 de Março.

O político começa dizendo que, “segundo a esquerda”, ele não poderia estar falando, pois, por ser homem, não teria “local de fala”. Em seguida, pega uma peruca loira, põe na cabeça e se apresenta aos colegas no plenário como “deputada Nicole”.

Em quem estamos votando? Chega de políticos eleitos na “ondinha” da vez. Chega de ”criancices”.

Estamos elegendo alienados, com total ausência de maturidade estrutural, caráter, que têm certeza de que a política é rede social. Não, não é.

Não foi o primeiro, nem será o último. O bom é que dá para mudar, elegermos realmente o “novo”.

Mas, no caso de Nikolas, o novo é reflexo de atraso, de má educação doméstica, de política desrespeitosa, de hipocrisia travestida de “ousadia”. Ah! Tão fofinho #sqn.

Não, não há mais espaços para este tipo de pessoa. Chega de passar pano para pseudopoliticos como Nikolas.

E sim. O excelentíssimo parlamentar pode achar o que quiser sobre o “papel da mulher”, “papel do homem”, mas que guarde esse discurso barato para os seus. Inclusive, a peruca.

Que tal pregar o respeito.

A política precisa se renovar, os eleitores precisam acordar mais rápido para tal. E, repito, renovação nada tem a ver com idade ou posicionamento ideológico-partidário.

Conheci um político de nome José Maranhão, e com quem trabalhei, que sempre dizia que não importava a idade, desde que as ideias fizessem da política uma busca incessante pelo novo.

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