Jair Bolsonaro dá um “tchau, querido” ao Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) preferiu “antecipar” a saída do mandato do que passar a faixa para o sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, no próximo domingo (1º). Ele viajou aos Estados Unidos nesta sexta-feira.

Apesar de bradar aos quatro ventos que sempre esteve “dentro das quatro linhas da Constituição”, deixa o mandato com um ato nada democrático, diplomático ou educado. Além do que é o primeiro presidente do país a não conseguir se reeleger.

Eleito em uma onda antipetismo, embalada ainda pela Operação Lava-Jato que culminou na prisão de Lula, acabou provando do mesmo veneno: a onda antibolsonarismo. 

Com a prática pouco condizente com o discurso que o elegeu, além do deboche presente a cada movimento, poderia sair maior. Bolsonaro se rendeu a um Congresso Nacional manipulador, o que causou a politização do Poder Judiciário. Nesse pacote, todos erraram.

Com Bolsonaro, surgiu o bolsonarismo e, dentro deste, assistimos ao surgimento do extremismo nunca antes visto na história desse país. E houve até quem tentasse dizer que eram “comunistas disfarçados”. A rede (social) é clara. 

Assistimos a ascensão de tramas mirabolantes, teorias da conspiração, fake news, desinformação assustadora. Ares de golpe, com o clamor nas portas dos quartéis com pedidos de intervenção.

O que era para ser chateação provocada por uma derrota nas urnas, até então nunca questionadas, se transformou em “terrorismo”. 

Ao final, Bolsonaro foi embora sem reconhecer textualmente a vitória de Lula. Apesar de “alimentar” teorias da conspiração com gestos ou a ausência destes, partiu e muito bem: aposentadoria gorda, casa, comida e roupa lavada.

Enquanto isso, os fiéis seguidores, para quem é preciso tirar o chapéu pela resistência, ainda que tosca, choram, “órfãos”, primeiro à espera das tais 72 horas tão postergadas. Agora, com a partida após a live em que esperavam tudo e que Bolsonaro não entregou nada. Agora, era uma vez…

A partida – De acordo com despacho publicado nesta sexta-feira (30) no Diário Oficial da União, Bolsonaro deve passar pelo menos um mês nos Estados Unidos, até o dia 30 de janeiro.

O avião da Força Aérea Brasileira que leva ele e a família para Orlando decolou por volta das 14h, no horário de Brasília, e tem o desembarque previsto para 19h53 no horário local (por volta das 22h em Brasília).

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