Em fala, Bolsonaro ignora Lula e condena bloqueios

Em um pronunciamento de pouco mais de dois minutos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) agradeceu aos 58 milhões de votos obtidos no último domingo (30), mas não citou textualmente o nome do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Foi o primeiro discurso público em quase 48 horas após o resultado das urnas. Ao lado, estava o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), e o filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro, entre outros aliados.

Ausência especulada da primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) que, no início da semana, deixou de seguir o marido nas redes sociais e vice-versa.

Bolsonaro ainda condenou os protestos de caminhoneiros bolsonaristas em rodovias federais, além de manifestações de seguidores.

“Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”, declarou em pronunciamento no Palácio da Alvorada.

E complementou: “As manifestações sociais serão sempre bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”.

Disse ainda que, mesmo enfrentando todo o sistema, superou a pandemia da Covid-19 – apesar de uma condução questionada – e as consequências de uma guerra (Ucrânia).

“Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre atuei dentro das quatro linhas da constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia ou as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da constituição”, encerrou.

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