Walter Neto diz que perdeu mandato por ser “macho”

Primeiro deputado federal a perder o mandato, no país, por infidelidade partidária, Walter Brito Neto apelou para a heterofobia: “Fui julgado sem lei e punido por ser macho”. Filiado ao MDB, ele tenta voltar à Câmara Federal.

Em postagem nas redes sociais, ele insinua que Clodovil, quando deputado, também mudou de partido, mas que não teria perdido o mandato. O artista era homossexual assumido.

De fato, o apresentador mudou de partido, mas foi absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Ele foi eleito em 2006 pelo PTC. Em setembro de 2007 migrou para o PR (agora PL).

Em março de 2009, foi absolvido por unanimidade pelo TSE. Clodovil alegou ter deixado o PTC por ter sido abandonado pela legenda desde a eleição. A Corte acatou a tese de que houve perseguição interna.

Nas eleições de 2006, Walter Brito Neto foi eleito suplente de deputado federal e assumiu o mandato em 1º de novembro de 2007 com a renúncia de Ronaldo Cunha Lima. Ao tomar posse, ele já havia trocado de legenda em virtude do PFL trocar o nome para Democratas.

Estava no PRB quando a antiga legenda alegou infidelidade partidária – não apresentou justificativa para a troca. O DEM (hoje União Brasil) entrou com uma acabo no TSE, que decretou a perda do mandato. Quem ficou com a vaga foi Major Fábio (hoje PRTB), que disputa o governo do estado.

O caso do ex-deputado resultou em ampla discussão sobre perda de mandato, resultando na promulgação da Emenda Constitucional 91 que permite a mudança de sigla sem prejuízo ao parlamentares.

Mas, é preciso deixar claro que nada tem a ver com heterofobia ou homofobia.

Leave a Reply

Your email address will not be published.