Moro afirma que se eleito, não disputará reeleição

Sergio Moro (Podemos) afirmou que, se eleito em outubro deste ano, não disputará a reeleição para presidente da República. Ele cumpre agenda política na Paraíba até o próximo sábado (8).

Em entrevista exclusiva ao programa Correio Debate, da 98 FM, o pré-candidato à presidência da República assumiu o compromisso de encaminhar uma Proposta de Emenda à Constituição que acaba com o instituto da reeleição para o Executivo.

Essa PEC pouparia prefeitos eleitos em 2020 e governadores eleitos em 2022, inicialmente. “Até para não se criar uma oposição política. Mas, para presidente da República já elimina essa possibilidade”, disse.

Justificou que, por vezes, o poder sobre à cabeça e que muitos se elegem já pensando na reeleição.

Ainda na entrevista, o ex-juiz da Lava Jato afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o grande responsável por “ressuscitar o ex-presidente Lula (PT) e trazê-lo de volta para a disputa eleitoral.

“Foi o Bolsonaro que ressuscitou o Lula. Se fosse um governo melhor, não haveria nenhuma discussão sobre o PT ou qualquer coisa. Isso revela que o governo infelizmente é muito ruim”, disparou.

Segundo Moro, o presidente não entregou nada do que prometeu e que foi “enganado”, o que o levou a entregar o cargo de ministro da Justiça e romper com Bolsonaro.

“Infelizmente, a gente tem que chegar à conclusão de que o governo atual não entregou o que prometeu no início. Às vezes, é normal não entregar tudo o que se promete no início. Mas, ele não entregou nada”.

Na entrevista, ele também defendeu a ruptura da polarização entre Lula e Bolsonaro, se colocando como alternativa da chamada terceira via.

Em parte, tem conseguido já que o governador João Doria (PSDB) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) enfrentam problemas. O primeiro ainda não se “mexeu”. O segundo, decidiu mudar a estratégia “paz e amor” para um discurso mais radical.

Segundo o pré-candidato, a maioria da população não está interessada no debate entre esquerda e direita, mas sim em ter serviços públicos de qualidade. Moro afirmou que o Brasil não pode se perder em brigas infantis.

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA:

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