Ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na tradicional live de quinta-feira (16), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que partiu do próprio presidente a orientação para rever a vacinação de adolescentes dos 12 aos 17 anos sem comorbidades.
“O que o Ministério da Saúde fez? Na nota técnica 40 da Secovid [Secretaria de Enfrentamento à Covid-19], retirou os adolescentes sem comorbidades. O senhor tem conversado comigo sobre esse tema, e nós fizemos uma revisão detalhada no banco de dados do DataSUS”, afirmou o ministro da Saúde na transmissão nas redes sociais.
“Minha conversa com o Queiroga não é uma imposição”, comentou Bolsonaro. “Eu levo para ele o meu sentimento, o que eu leio, o que vejo, o que chega ao meu conhecimento”, completou.
“Você pode ver como está a situação: a OMS é contra a vacinação entre 12 e 17 anos. A Anvisa, aqui no Brasil, é favorável à vacinação de todos adolescentes com a Pfizer. É uma recomendação. Você é obrigado a cumprir a recomendação?’, questionou o presidente. Ao que o ministro respondeu: “Não. Eu não sou obrigado”.
A imunização desse público iria começar na quarta-feira, apesar de em alguns estados ter sido antecipada, a exemplo de São Paulo. A “volta atrás”, anunciada pelo Ministério da Saúde, surpreendeu os gestores.
Apesar da nota técnica do ministério retirar o público 12+ do Plano Nacional de Imunização, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve sua orientação de autorizar o imunizante da Pfizer para maiores de 12 anos.
Na coletiva, Queiroga usou como justificativa a morte de uma adolescente após tomar a vacina. Segundo a Anvisa, não se verificou até o momento relação causal entre a morte e a vacina.
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