Entre os extremismos da direita e da esquerda com a polarização entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex Luis Inácio Lula da Silva, o governador Eduardo Leite (RS) se apresenta com pré-candidato em 2022, ainda que dentro de uma disputa interna no PSDB, como nome do centro democrático, jovem, mas com posições firmes e cujo lema, ao analisar o discurso, é diálogo e tolerância.
Mas, como eleição não se ganha só, precisará, não só ele, mas o partido também, muito mais que projetos para se viabilizar na campanha do próximo ano.
A construção da terceira via, que passou a ser não alternativa, mas necessidade ao país, exigirá maturidade. Ciro, que se apresenta como líder, não tem conseguido chamar a atenção do eleitorado, também com receio do (des)temperamento visto em alguns momentos.
“De um lado, nós temos um projeto pessoa e familiar. Do outro, um projeto que não construiu nenhuma liderança nos últimos 30 anos. [O PT] Não permitiu que se construísse nada de novo dentro do partido”, analisou, se referindo a Bolsonaro, que vai em busca da reeleição, e de Lula, que vai buscar derrotar o presidente.
Eduardo Leite começa bem ao se “chegar” ao Nordeste, segundo maior colégio eleitoral do País (39.152.200 eleitores), e normalmente tratado com “coitadismo” como bem disse o deputado federal Pedro Cunha Lima, presidente estadual do PSDB, e que recepcionou o presidenciável em Campina Grande e João Pessoa, neste sábado (14). Disse que o Governo Federal tem uma dívida histórica com a região.
“Essa polarização não serve para o Brasil. O Brasil não pode esperar que uma pessoa só resolva os problemas de um País. Não podemos estimular essa ideia de idolatrar pessoas. Já experimentamos isso e não funcionou. Defendemos uma cultura de paz, não uma cultura de ódio. Não é próprio do povo brasileira querer destruir uns aos outros. Uma política do ‘nós contra eles’. Não podendo nos omitir diante esse cenário”, declarou o governador.
Disse que se lança pré-candidato com a convicção de que o PSDB deve ter candidato à presidência da República, com uma candidatura de centro, “mas não em cima do muro”. Passadas as prévias, disse, o partido terá que discutir o estilo de política que quer fazer, que cara vai apresentar ao eleitor.
Ao ser perguntado sobre o desempenho obtido em pesquisas eleitorais, Eduardo Leite disse que apesar de não estar em primeiro, é o que tem a menor rejeição. “Esse é o número que mais interessa para mim nesse momento”.
Ele complementou: “A rejeição a um turbina a intenção de voto do outro. O que não quer Bolsonaro para os próximos quatros anos, ao conhecer e ter Lula como antagônico pensa em Lula como alternativa para tirar Bolsonaro. O eleitor ainda não conhece as alternativas. Com a campanha, o eleitor vai nos conhecer”. Disse ainda que há clara oportunidade de crescimento da chamada terceira via.
Pedro Cunha Lima afirmou que as prévias internas do PSDB são um processo histórico e que o partido, na Paraíba, estará de braços abertos a todos os pré-candidatos do partido. Além de Pedro, estiveram presentes os deputados federais Ruy Carneiro e Rafafá, e os estaduais Camila Toscano e Tovar Correia Lima.
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