O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, decidiu suspender a compra da vacina indiana Covaxin, alvo de investigação do Ministério Público Federal e da CPI da Covid-19, por supostas irregularidades no contrato de R$ 1,6 bilhão.
Na verdade, a pressão para que a compra não seja efetuada aumentou após o depoimento do servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, e o irmão, o deputado Luis Miranda (DEM), denunciarem um esquema de suposto superfaturamento, que teria sido informado ao presidente Jair Bolsonaro e o que o mesmo teria dito que o próprio líder, Ricardo Barros, é quem estaria envolvido no esquema.
A vacina é a mais cara entre as negociadas pelo governo brasileiro e ganhou destaque após Luis Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, apontar ao MPF pressões para o fechamento do contrato de compra da Covaxin.
“Diante da denúncia, em questão da transparência e boa gestão, o governo suspendeu para averiguações”, afirma Queiroga. A suspensão atende ainda um pedido da Controladoria Geral da União, de acordo com o ministro.
Nesta terça-feira (29), A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ter recebido o pedido de uso emergencial da vacina Covaxin, contra a covid-19. A solicitação foi feita pela empresa Precisa, representante no Brasil do laboratório indiano Bharat Biotech, responsável pela fabricação do imunizante. O prazo de análise pode variar entre sete e 30 dias, a depender da documentação encaminhada no pedido.
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