Como é que um ministro – Marcelo Queiroga (Saúde) – se passa a dizer que vai encerrar um contrato com uma vacina – no caso, a CoronaVac -, quando esta imunizou metade da população que já teve acesso a vacinas, alegando ineficácia? Vai fazer o que? Vacinar a todos novamente? Me poupe dessa falácia política, trate de comprar mais vacina.
A declaração veio no dia em que o Brasil alcança a marca de meio milhões de mortos em decorrência da Covid-19, e contando…, infelizmente. É preciso ter bom senso até no que se fala. Se não fosse a CoronaVac, talvez esse número estivesse bem abaixo. Ou se não fosse a disputa política da vacina entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador João Dória (PSDB-SP), esse número também estivesse baixo. Vejam onde a politicagem nos levou. Lastimável.
Muitos poderão não concordar comigo. Aceito as discordâncias. Não estou aqui defendendo lados, defendo vacina. Sou daquelas de que quanto mais tipos de vacina, à disposição, tivermos no Brasil, mais rápido sairemos dessa pandemia, a exemplo de outros países que já vivenciam o “novo normal”. Sejamos críticos, mas que essa disputa não nos tire a esperança e a coerência. Vote em quem achar melhor na urna, mas não seja a favor do negacionismo da vacina.
Lembrando que a CoronaVac, produzida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, foi a primeira a ser aplicada no Brasil, em especial nos profissionais de saúde da linha de frente e idosos, que viraram estatísticas antes da vacina começar a ser aplicada. Apesar de ter a eficácia de mais de 50%, é 100% eficaz em se evitar internações e mortes.
Eu tomei CoronaVac, mas poderia ser AstraZeneca, Pfizer, ou qualquer uma outra. O que importa é que vacina salva. Pense nisso!
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