O deputado federal Wilson Santiago (PTB), no melhor estilo “quem tem tempo não tem pressa”, afirmou que tem até abril para mudança de partido. Em conversa com o Blog, neste domingo (30), disse que o Congresso tem até o início de outubro – um ano antes das eleições de 2022 – para aprovar uma minirreforma eleitoral e que vai aguardar, para então decidir.
“Partido, nós ainda temos tempo. A gente precisa concluir essa tentativa de reforma eleitoral. Sabemos que é uma minirreforma, mas que poderá alterar uma série de regras em relação à extinção de muitos partidos que ficaram sem representação, retorno das coligações”, explicou.
Santiago afirmou ter convite de oito legendas e a janela para troca de partidos abre em abril de 2022. Não confirmou, mas fala-se em retorno ao MDB ou o ingresso no Cidadania, partido de João Azevêdo, pretenso candidato à reeleição para governador.
“Entendi que é melhor aguardar as mudanças. Se tiver o Distritão (*), as coisas ficarão mais fáceis. Se não tiver, vai haver uma diminuição de candidaturas na Paraíba porque são poucos os partidos que têm condições de montar a chapa sozinhos, muito menos, os menores”, disse o parlamentar.
Ele disse que não há problema em se manter filiado ao PTB, já o que precisava ser dito, “já foi dito”. O partido será comandado, na Paraíba, pelo comunicador Nilvan Ferreira, escolhido pelo próprio presidente nacional Roberto Jefferson, que já havia destituído Santiago da presidência. Santiago tem o apoio de deputados, prefeitos e vice-prefeitos eleitos pela legenda e devem sair com ele para a nova casa.
* Distritão, como funcionaria:
O modelo atualmente em vigor é o proporcional, em que as cadeiras de deputados federais são distribuídas proporcionalmente à quantidade de votos recebidas pelo candidato e pela legenda.
No “distritão”, seriam eleitos os mais votados no estado. No caso da Paraíba, por exemplo, que é representado na Câmara por 12 deputados, os 12 candidatos que recebessem mais votos na eleição ficariam com as cadeiras.
Esse mesmo “distritão” já foi votado e rejeitado duas vezes pelo plenário da Câmara dos Deputados, em 2015 e em 2017.
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