O vice-presidente da CPI da Covid-19, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou requerimento de convocação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ser ouvido na condição testemunha. “Os fatos que vetam ou que concedem a vinda do presidente da República são os mesmos que levaram a trazer os governadores”, disse o parlamentar.
“Se a CPI vai abrir precedente para convocar governadores, da mesma forma é coerente também convocar o senhor presidente da República, que tem fato determinado e está no rastro das investigações”, declarou Randolfe.
A convocação de nove governadores, que têm processos por desvios de recursos na pandemia, pode ter agradado a Bolsonaro – esse era o desejo desde o início – pode abrir precedentes para a convocação dos demais. O G7, formado por senadores que se dizem independentes e outros, opositores, não gostou da decisão tomada pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM).
Já o relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou em conversa com jornalistas ser contra a convocação de Jair Bolsonaro para depor na CPI da Covid.
Questionado se a convocação de nove governadores abriria margem para que o presidente da República também prestasse explicações ao colegiado, Renan respondeu: “Eu acho que não [abre precedente]. Pelos mesmos motivos que não podemos convocar governadores, e por isso a não realização de acordo de procedimentos, nós não podemos convocar o presidente da República. É antirregimental”.
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