O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello voltará à Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, nesta quinta-feira (20), às 9h30, para concluir o depoimento. Após sete horas de sessão, com algumas pausas, o general teria tido um mal-estar, sendo atendido pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico e membro da comissão.
O senador bolsonarista Marcos Rogério afirmou, no Twitter, que se tratava de fake news. “Não procede a informação de que o ex-ministro da Saúde Pazuello passou mal. A sessão foi suspensa em função da Ordem do Dia”, escreveu. Pazuello, na saída da sala onde ocorria o depoimento, também garantiu que “não houve nada”.
Passando mal ou não, pelo menos durante vários momentos do depoimento, o ex-ministro acabou desmentido, e por órgãos oficiais, acerca de informações prestadas por ele, principalmente em relação ao diálogo com a Pfizer para a compra da vacina. Também se contradisse com relação à crise do oxigênio em Manaus.
Disse que a decisão do Supremo Tribunal Federal de dar autonomia a entes federados no combate à Covid-19 limitou as ações federais no SUS. “Não tem como o Ministério interferir na execução de ações, só se tiver intervenção federal”.
O ex-ministro disse ainda que sempre defendeu uso de máscaras, limpeza de mãos e “distanciamento social necessário em cada situação”. Mas, afirmou que a decisão sobre a aplicação dessas medidas cabia a governadores e prefeitos. A edição de decretos estaduais e municipais com as medidas restritivas são alvos de críticas desde o início da pandemia, e até ameaças, por parte do presidente Jair Bolsonaro.
Vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues pediu que seja encaminhada a solicitação da quebra do sigilo fiscal, telefônico e telemática (ou seja do WhatsApp) do general. Ainda não foi votado o requerimento.
O depoimento também rendeu memes nas redes sociais. Um deles é a montagem de uma foto do ex-presidente Lula e de Pazuello (desta quarta-feira) com a gravata igual. Os usuários do Twitter foram os primeiros a notar e os memes se multiplicaram. “Ah… aquela gravata”.
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