Em dia de “saídas”, Bolsonaro muda seis ministros

A pressão do chamado Centrão não resultou na queda de apenas um ministro – no caso, Ernesto Araújo, das Relações Exteriores – mas levou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a mudar outros cinco ministérios. Pelo Twitter, ele informou quais mudanças, quem iria assumir e disse que as nomeações serão publicadas no Diário Oficial da União desta terça-feira (30).

A reforma ministerial inclui trocas na Casa Civil da Presidência da República, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, no Ministério das Relações Exteriores, na Secretaria de Governo, no Ministério da Defesa e na Advocacia-Geral da União. 

A Casa Civil será comandada pelo general Luiz Eduardo Ramos, em substituição ao também general Braga Netto. Ramos, que até então ocupava a Secretaria de Governo, será substituído pela deputada federal Flávia Arruda (PL-DF), que faz parte da base de apoio do governo no Congresso. Já Braga Netto será deslocado para o comando do Ministério da Defesa no lugar do general Fernando Azevedo e Silva, que anunciou a demissão do cargo. 

Também foi confirmada a mudança no Ministério das Relações Exteriores, com a saída de Ernesto Araújo. Em seu lugar, assume o diplomata Carlos Alberto França, atualmente assessor especial de Bolsonaro, mas que até poucos meses atrás ocupava o cargo de chefe do cerimonial da Presidência da República.

França foi promovido a ministro de primeira classe (embaixador) em 2019, o último posto da carreira diplomática. No exterior, atuou como ministro-conselheiro na Embaixada do Brasil na Bolívia e também serviu em representações diplomáticas em Washington (EUA) e Assunção (Paraguai). 

Na AGU, o governo anunciou o retorno de André Mendonça ao cargo, que assim deixará o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele entra no lugar de José Levi, que entregou o cargo esta tarde. A relação com o presidente Jair Bolsonaro não estava indo bem.

Mendonça volta a ocupar o mesmo cargo em que esteve até abril de 2020, quando substituiu o ex-ministro Sergio Moro no comando do MJSP. Em seu lugar no ministério, assumirá o delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres, atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Com informações da Agência Brasil

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