O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (26) a criação da Butanvac, primeira vacina 100% nacional, contra Covid-19. “Essa vacina foi desenvolvida integralmente por cientistas do Instituto Butantan”, disse o governador. O instituto planeja pedir autorização para ensaios clínicos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda nesta sexta. “É momento de profunda esperança para todos nós”, disse Doria.
Os testes clínicos de fase 1 e 2 da Butanvac estão previstos para começar em abril, detalhou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. A entidade informou que terá capacidade de produzir 40 milhões de doses do novo imunizante já em maio, sem dependência de insumo importado, como ocorre atualmente com a Coronavac.
Segundo Doria, todos materiais relativos aos estudos sobre a vacina também serão protocolados junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) na tarde desta sexta. De acordo com Dimas Covas, há lotes suficientes para iniciar os estudos clínicos, feitos em humanos, etapa que ele destacou que será acelerada.
O cientista observou que os resultados dos ensaios pré-clínicos, que começaram há um ano, foram classificados como “excelentes” e demonstraram que a vacina é mais imunogênica, o que permite uso de menos quantidade de doses por pessoa.
Dessa forma, detalhou o Butantan, a partir do cultivo de cepas em ovos de galinha, são geradas doses de vacinas inativadas feitas com fragmentos de vírus mortos. A tecnologia da Butanvac usa um vetor viral que contém a proteína spike do coronavírus de forma íntegra, e o vírus usado como vetor nessa vacina é o da Doença de Newcastle, infecção que afeta aves, mas não causa sintomas em humanos.
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