João não cede sobre igrejas e rechaça polêmica

O governador João Azevêdo (Cidadania) usou as redes sociais, nesta quarta-feira (03), para afirmar que o Decreto Estadual suspendeu temporariamente missas, cultos e celebrações, mas não proibiu que as igrejas continuem atendendo os fiéis individualmente e sigam com as ações sociais. O vídeo é uma resposta à pressão de líderes religiosos, agora utilizando um caminho político, para a reabertura.

Os discursos de fé, em nome da alma da população, esconde certo oportunismo por parte de alguns. Alguns prefeitos, para não perderem os eleitores, têm tornado as igrejas serviço essencial. Entre a fé e a vida, o que seria mais essencial nesse momento? Líderes religiosos têm querem portas abertas, garantindo que todos os protocolos serão cumpridos, mas não foi o que se viu por aí.

“Abriu bares, mas deixou as igrejas fechadas”. A frase tem sido repetida pelos líderes religiosos. O governador taxou essa leitura de equivocada. Disse que suspendeu cultos e missas presenciais pelo fato de que esses atos geram aglomerações, que favorecem a transmissão do novo coronavírus.

“Infelizmente, eu vi pessoas e representantes das igrejas, dizendo que estas deixariam de atender a milhares de pessoas porque o trabalho social não poderia ser feito. Não é verdade”, destacou o gestor.

Disse ainda que os bares e restaurantes foram abertos, mas lembra que os estabelecimentos já estavam funcionando. Com o decreto, tiveram o horário de funcionamento reduzido para das 6h às 16h, também para evitar aglomerações. “Estamos aqui dispostos a conversar”, disse o governador.

Ele fez um apelo a todos os padres e pastores para que colaborem com a redução da demanda por leitos de UTI e, com isso, o número de mortes. Disse ainda que p momento é de ter responsabilidade e humanidade, seja pelos que estão na linha de frente do combate à Covid-19 ou as pessoas que, acometidas da doença, sendo entubados. “E não fazer discussões que não levam à absolutamente nada”.

João Azevêdo disse que a discussão faz parecer uma queda de braço entre Governo e Igreja. “O que não existe”. Declarou ter o maior respeito por todas as religiões e por todos aqueles que estão no dia a dia do combate à Covid-19.

E disparou: “Eu tenho obrigação, como gestor, de tomar medidas para proteger a população, que muitas vezes se expõe pela necessidade de trabalhar e muitas vezes por outros que se expõe pela irresponsabilidade de alguns que não usam máscara, que promovem aglomerações em uma tentativa de provocar o poder público”.

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