Contas de Ricardo são reprovadas pelo TCE-PB

O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) teve as contas do exercício de 2016 reprovadas, por unanimidade, pelo Tribunal de Contas da Paraíba, nesta quinta-feira (11). O relator do processo, conselheiro Antônio Gomes Vieira Filho, seguiu o parecer do Ministério Público de Contas, que apontou 55 restrições. Também foi aprovada a remessa do processo à Assembleia Legislativa da Paraíba, que irá votar as contas.

O relator pediu ainda, o que foi acatado pelos demais conselheiros, que seja enviado comunicação ao governador João Azevêdo para que as irregularidades sejam sanadas. Seguiram o parecer do relator os conselheiros André Carlo Torres, Nominando Diniz, Oscar Mamede Santiago Melo e o presidente da Corte, Fernando Catão. Essa foi a primeira vez que o TCE-PB reprova as contas de um governador.

No parecer, o conselheiro Antônio Gomes Vieira Filho disse que a não aprovação em parte se deu pela “persistência não justificada” em manter os chamados codificados na gestão, representando um gasto de R$ 27 milhões apenas em 2016. Os conselheiros Nominando Diniz e André Carlo Torres votaram por só considerar essa irregularidade no julgamento das contas de 2017, o que já havia sido acordado pelo próprio Tribunal no julgamento das contas de 2015, que foram aprovadas, mas com ressalvas nesse sentido.

Por outro lado, a não aplicação dos 60% dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, que devem ser usados na valorização do magistério, a gestão de Ricardo Coutinho não cumpriu com o percentual determinado. “Isso é uma vergonha”, chegou a dizer o relator. Todos acataram esse ponto como de parecer contrário à aprovação das contas.

O relator citou ainda a pouca transparência na execução do programa Empreender-PB, o que também foi citado no parecer do procurador Luciano Andrade Farias, do Ministério Público de Contas. Os dois citaram ausência de informações cruciais, em relação ao programa, a Corte de Contas. Ao final, o relator determinou que o relatório seja encaminhado ao Ministério Público da Paraíba para verificação de supostos atos de improbidade administrativa.

Leave a Reply

Your email address will not be published.