Futuro de Bolsonaro passa pela eleição na Câmara

Mais do que o comando da Câmara Federal, o que está em jogo na eleição para presidente da Casa, prevista para começar às 19h desta segunda-feira (01), é o futuro do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no que se refere à reeleição ou a possibilidade de um processo de impeachment.

Quem comanda a Câmara Federal comanda o país. É fato. O que se viu nos últimos dois anos foi a Câmara Federal ditando a pauta, indo de encontro aos projetos defendidos por Bolsonaro e aliados. Apesar de oito deputados disputarem a presidência da Casa, a polarização tem sido entre Baleia Rossi (MDB), colocado por Rodrigo Maia (MDB), atual comandante, e Arthur Lira (Progressistas), que tem como maior cabo eleitoral, o presidente da República.

Baleia Rossi iniciou a campanha com um blocão de apoio que incluía até partidos de oposição. Neste domingo, o Democratas, partido de Maia, e que estava dividido, fechou questão: optou pela neutralidade revestida de apoio direcionado a Lira, pelo menos a maioria. Fala-se ainda que foi abandonado pelo PSDB também.

Já Arthur Lira contou com o apoio aberto do Palácio do Planalto, que liberou mais de R$ 3 bilhões em emendas parlamentares, em uma semana, para mais de 300 deputados e senadores. Sem falar que, nos últimos dias, foi literalmente abraçado pelo presidente Jair Bolsonaro. Aliás, me parece ser uma questão de honra para o Planalto eleger Lira. Mas, não se engane, a lealdade pode mudar após a eleição.

A eleição para a Mesa Diretora será totalmente presencial, com urnas dispostas no Plenário e nos salões Verde e Nobre da Câmara, espaços que ficarão restritos aos parlamentares, de forma a evitar aglomerações e manter o distanciamento.

Às 17h, termina o prazo para registro das candidaturas. Terminado esse prazo, haverá o sorteio da ordem dos candidatos na urna eletrônica. Oito deputados (confira abaixo) são candidatos, sendo dois de blocos partidários, dois de partidos políticos e o restante avulso.

A Mesa é composta pelo presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e seus suplentes. Os votos para os cargos da Mesa só são apurados depois que for escolhido o presidente.

De acordo com o Regimento Interno, a eleição dos membros da Mesa ocorre em votação secreta e pelo sistema eletrônico, exigindo-se maioria absoluta de votos (metade mais um) no primeiro turno e maioria simples no segundo turno.

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