Ao ser questionado por apoiadores, sobre o atentado que sofreu na campanha eleitoral de 2018. no Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “desviou” o tema para debochar da tortura sofrida pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante o período da Ditadura Militar.
“Dizem que a Dilma foi torturada e fraturaram a mandíbula dela. Traz o raio-X para a gente ver o calo ósseo. Olha que eu não sou médico, mas até hoje estou aguardando o raio-X”, disse o presidente, entre gargalhadas.
Dilma não engoliu o deboche e respondeu: “Como não respeita nenhum limite imposto pela educação e pela civilidade, uma exigência a qualquer político, e mais ainda a um presidente da República, desmoraliza mais uma vez o cargo que ocupa. Mostra-se indigno ao tratar com desrespeito e com deboche o fato de eu ter sido presa ilegalmente e torturada pela ditadura militar. Queria provocar risos e reagiu com sórdidas gargalhadas às suas mentiras e agressões”.
E mais: “É triste, mas o ocupante do Palácio do Planalto se comporta como um fascista. E, no poder, tem agido exatamente como um fascista. Ele revela, com a torpeza do deboche e as gargalhadas de escárnio, a índole própria de um torturador. Ao desrespeitar quem foi torturado quando estava sob a custódia do Estado, escolhe ser cúmplice da tortura e da morte”.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se solidarizou com a petista na rede social Twitter. “Minha solidariedade a ex-presidente Dilma Rousseff. Brincar com a tortura dela – ou de qualquer pessoa – é inaceitável. Concorde-se ou não com as atitudes políticas das vítimas. Passa dos limites”, escreveu o tucano.
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