Politização da vacina e o País “nas mãos” da Covid

Ao contrário do que disse o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de que o Brasil estaria no “finalzinho” da pandemia, o ministro Eduardo Pazuello (Saúde) afirmou que a pandemia do novo coronavírus ainda não acabou. “A pandemia, ela prossegue”, disse durante visita a Goiânia (GO).

Para completar, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que já foi aliado, já foi opositor, e voltou a ser aliado do presidente, fez uma postagem nas redes sociais que só corrobora com o que se pode chamar de “politização da vacina” contra a Covid-19 no Brasil.

“O ministro Pazuello me informou que será editada uma Medida Provisória que vai tratar dessa centralização e distribuição igualitária das vacinas. Toda e qualquer vacina certificada que for produzida ou importada será requisitada pelo Ministério da Saúde”, escreveu Caiado.

O recado foi direto ao governador de São Paulo, João Dória (PSDB), que já adquiriu mais de 40 milhões de doses da Coronavac, produzida pela chinesa Sinovac com o instituto brasileiro Butantan. Aguarda apenas a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O governo federal já trabalha em uma Medida Provisória relacionada a vacinas, com liberação de recursos para compra de imunizantes. Há expectativa de o texto ser publicado em breve. O Ministério da Saúde disse que, em nenhum momento, se manifestou sobre confisco ou requerimento de vacinas adquiridas pelos estados.

Já houve tentativa de confisco, por parte do Governo Federal, de respiradores para atender a vítimas da Covid-19 comprados pelo Estado. Nesse caso, os Estados ganharam na Justiça.

Enquanto fica nesse disse me disse, outros países já iniciaram a vacinação ou têm data programada. O Brasil ainda não tem, sequer, um Plano Nacional de Imunização. Tudo que não precisamos, no momento, é de briguinhas. Senão, nunca chegaremos ao “finalzinho”, não sem perdas, além das já contabilizadas.

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