As eleições municipais deste ano foram atípicas, não apenas pela pandemia do novo coronavírus, mas pelo “casamento” envolvendo três elementos que serão protagonistas das eleições de 2022: o governador João Azevêdo (Cidadania), a senadora Daniella Ribeiro (Progressistas) e o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), esse último prestes a encerrar o mandato.
Em entrevista ao programa Balanço Geral de Campina Grande, esta semana, Daniella afirmou que as eleições municipais têm características diferentes. É fato! Mas, está bem claro de que 2021, passada as posses de Bruno Cunha Lima/Lucas Ribeiro (Campina) e Cícero Lucena/Léo Bezerra (Capital), será ano de fazer as contas eleitorais e desatar um nó, até curioso, nunca antes visto na política paraibana.
Daniella que apoiou Cícero, que teve o apoio de João Azevêdo, que indicou Léo como vice do progressista. Daniella que apoiou Bruno, indicado por Romero, e o filho Lucas. Romero que apoiou Nilvan Ferreira, adversário de Cícero, apoiado por Daniella e João, que apoiou Ana Cláudia Vital em Campina.
‘Marminhagente’, um nó desses só cortando com a tesoura. A pergunta que não quer calar é: “quem será oposição a quem?”. João não vai abrir mão da reeleição, Daniella aparece como uma segunda força. E Romero, que fica sem mandato a partir de janeiro, esse pode ser o candidato das oposições, em nova tentativa, já que em 2018 foi frustrada.
A senadora disse não ter rusga de Romero, quem em Campina é aliado do Progressistas e, em João Pessoa, é oposição. “Eu respeito a posição dele e tenho certeza de que ele respeita a minha”. Sobre os interesses dela se chocarem com o do governador João Azevêdo, cujo vice-prefeito de João Pessoa, Léo Bezerra, é do partido dele, Daniella diz que faz oposição com responsabilidade. Esse desprendimento político, de todos, é o que me deixa passada.
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