O ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB) respondeu ao que chamou de “ataques” do candidato a prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), a ele, durante debate realizado pela TV Correio, na noite deste sábado (21). Mas, quando o assunto é ressentimentos, quem pode falar de quem.
Vamos relembrar a história recente da Paraíba. Em 2010, nas eleições para o Governo do Estado, Cícero era pré-candidato. Não foi apoiado pelo próprio partido, o PSDB. A maior liderança do partido, Cássio Cunha Lima, com o mandato recém-cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral, havia decidido apoiar o então prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB). O adversário na disputa: José Maranhão, que tinha conseguido tirar Cássio do poder. Hoje, estão juntos, pelo menos nessa reta final.
Cícero, relegado a segundo plano em 2010, divulgou uma Carta Aberta aos paraibanos, desistiu da disputa, mas apoiou José Maranhão, que acabou derrotado em 2º turno para Ricardo. O PSDB da Paraíba rachou à época. Em 2014, Cícero teve a legenda negada para concorrer à reeleição ao Senado.
Cícero Lucena se afastou da política, até abril deste ano quando, ao receber convite do deputado federal Aguinaldo Ribeiro, está de volta à política.
Cássio, que articulou o apoio do PSDB ao MDB de Maranhão e do candidato Nilvan Ferreira, afirma não estar participando das eleições municipais deste ano. Durante o anúncio da aliança para o 2º turno, enviou como representante o deputado estadual Tovar Correia Lima, que desceu a Serra da Borborema juntamente com o presidente estadual do PSD, prefeito Romero Rodrigues (Campina Grande).
Confira a nota de Cássio Cunha Lima:
“Este ano não participei das eleições municipais.
Mesmo assim, Cícero Lucena resolveu me atacar para atender aos interesses políticos do grupo que hoje integra.
Me atacou em sua propaganda, me atacou durante o debate.
Cícero era um construtor quando foi vice-governador do meu pai, Ronaldo Cunha Lima. Foi Ministro de Fernando Henrique Cardoso com o nosso apoio. Foi duas vezes Prefeito de João Pessoa, igualmente com o nosso apoio.
Após deixar a Prefeitura, foi secretário de Planejamento no meu governo.
Na eleição seguinte foi eleito Senador ao meu lado. Hoje me ataca, mesmo eu estando distante disso tudo.
Vivo um novo momento da minha vida e trabalho, como sempre fiz, de forma digna e honrada. A política nunca foi, nem nunca será, um negócio para mim.
Cícero optou por se juntar com a gangue da Calvário. Infelizmente, tem pessoas assim: quando se livram de uma acusação, se juntam a outros crimes. Lamento por isso.
De consciência leve e tranquila, sigo minha vida em paz”.
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