A “batalha eleitoral” pela Prefeitura de João Pessoa chega ao fim neste domingo (15). Isso, se não houver um eventual 2º Turno. Com 14 candidatos na disputa pelo maior colégio eleitoral do Estado, registrou-se o fenômeno da pulverização de votos.
Acredito que, desde as eleições municipais de 2012, com sete candidatos na disputa, nunca houve páreo tão disputado na Capital paraibana. Entre os 14 na disputa, temos de veteranos na disputa e aliados históricos, agora adversários, até estreantes na disputa por voto.
Quando o assunto é mandato parlamentar, o que não falta é veterano nessa disputa. São dois deputados estaduais, um deputado federal, dois ex-governadores que, coincidentemente, já comandaram João Pessoa, e um vereador no páreo.
Anísio Maia, do PT, já foi “unha e carne”, como diria lá “em nós”, do agora ex-governador Ricardo Coutinho (PSB). O que aliança uniu a Operação Calvário separou, é fato. Anísio está em voo solo, abriu dissidência, já que o PT Nacional queria apoiar o socialista. Está perigando ser expulso do partido.
Temos também a relação “mais chegada”. Cícero Lucena foi padrinho de Ruy Carneiro, até que este resolveu ficar com a banda do PSDB contrária ao pensamento de Cícero. O ex-governador, após um tempo fora da política, voltou, e para os braços do Progressistas de Aguinaldo Ribeiro e Daniella Ribeiro. Também foi o ‘escolhido’ do governador João Azevêdo, que aposta fichas nessa disputa. As Eleições 2022, não se enganem, está mais perto que longe.
A ex-secretária de Educação de João Pessoa Edilma Freire (PV), cuja escolha pelo prefeito da Capital, Luciano Cartaxo, causou perdas políticas, principalmente ao gestor que deixa o segundo mandato em 31 dezembro, sem visualizar, ainda, 2022.
Cartaxo já foi aliado de Ricardo, de Anísio, e deu umas andadas com o PSDB e o Progressistas. Edilma, até então desconhecida no meio político, buscou mostrar que foi mais do que uma indicação. Saberemos nas urnas, é fato.
O democrata Raoni Mendes, vereador mais votado de João Pessoa, em 2012, já foi aliado de Ricardo Coutinho, rompeu. Em meio a uma disputa entre dois outros adversários, mostrou uma pauta conservadora, sem desgarrar do Centro. O partido que representa é aliado do governador João Azevêdo. É fato!
Amigos de longas datas, Wallber Virgulino (Patriotas), que já foi secretário de Ricardo e hoje não quer nem ver pintado de ouro, e o vereador licenciado João Almeida (Solidariedade, até dia desses, andavam abraçados. A eleição separa, mas os resultados na urna, amanhã, devem uni-los novamente. Só faltaram trocar tapas. É fato!
A professora Rama Dantas (PSTU) já transita pela política de João Pessoa e da Paraíba há 10 anos. Já foi candidata à governadora, senadora e à vice.
Em se tratando de estreantes, o comunicador Nilvan Ferreira se uniu ao MDB, partido que vem amargando derrotas nas últimas eleições municipais disputadas na Capital. Comandado pelo senador José Maranhão, que já foi aliado do PSB, do PT, do PSDB (sem muita aproximação).
Nilvan era tido como certo no PSL, comandado pelo deputado federal Julian Lemos. Surpreendeu e se filiou ao MDB. Em pesquisas eleitorais divulgadas na Capital, tem estado entre os que têm reais chances de participar de um eventual 2º Turno. O apresentador de rádio e TV conhece a política, do lado de cá, da cobertura. Do lado de lá, o desafio é outro.
Outros estreantes também buscam um lugar ao sol, na cidade onde o sol nasce primeiro. Carlos Monteiro, escolhido por processo seletivo da Rede, em uma tentativa de burlar o jogo político das alianças. Tem ainda o jornalista Rafael Freire, do Unidade Popular, um partido novo querendo ser visto e ouvido.
O PSOL começou bem. Apresentou Pablo Honorato que, em decisão que pegou de surpresa até o partido, renunciou. Em seu lugar, está Ítalo Guedes, com a pauta da esquerda nas mãos. Já Camilo Duarte, talvez tenha sido o último candidato a ser anunciado, disputa pelo PCO que, tradicionalmente, vinha para a disputa com a professora Lourdes Sarmento.
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