O bispo diocesano de Patos, dom Eraldo Bispo da Silva, comentou, durante a homilia, na missa das 9h da Catedral de Nossa Senhora da Guia, deste domingo, (06), sobre a decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, que liberou atos de campanha eleitoral de rua. “Fiquei muito surpreso”, disse o bispo.
Dom Eraldo se refere a resposta do TRE-PB, à consulta feito pelo Ministério Público Eleitoral. Na decisão, que teve como relatora a juíza Micheline Jatobá, os atos de propaganda de rua, a exemplo de passeatas, carreatas e comícios, estão liberados, desde que sigam os protocolos sanitários determinados pelo Governo do Estado, para os municípios.
“Espero que essa decisão seja repensada. Que as autoridades reflitam e tomem uma decisão prudente. de atitude “sem cabimento” por parte das autoridades que coordenam as eleições 2020, liberar a população para a participação de comícios e outras aglomerações.
“Fiquei muito surpreso com essa decisão e espero que seja repensada, que nossas autoridades retomem a reflexão e tome uma decisão prudente. Porque se será permitido o candidato ir a alguma lugar, vocês sabem o que pode acontecer. A paixão política, a campanha eleitoral… A gente com todos os cuidados, não consegue cumprir todos os protocolos. Imagine aí, uma ação liberal no meio das ruas, nas praças”, declarou o bispo diocesano.
Ele lembrou que os colégios e as universidades estão fechados devido à pandemia do novo coronavírus, além de outros espaços que, segundo o bispo, deveriam ser liberados. “Em contrapartida, essa liberação por causa da movimentação da campanha eleitoral”.
“A Política tem que se reinventar. E a Justiça [Eleitoral] tem que fazer o seu papel nesta reinvenção. Se não, a gente vai ficar nesse lenga lenga, sem segurança ou certeza ou certeza de como deverá agir. Se num comício pode encher a rua com duas mil pessoas, então, a Catedral pode colocar ficar com mais fieis para participar da missa”, declarou dom Eraldo
Ele deixou claro aos fieis presentes, e aos que assistiam de forma virtual, deixando claro que não estava reivindicando ou defendendo aglomerações. “Chamo a atenção para o fato de alguma parte da sociedade estar recebendo privilégio”. Só posso concordar.
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