O Conselho Nacional do Ministério Público julga nesta terça-feira (18) se aceita a ação proposta contra o procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. O texto, elaborado pela senadora Kátia Abreu (PP-TO), que integra o chamado ‘Centrão’, pede o afastamento do procurador da força-tarefa ou a transferência para outra unidade a “bem do interesse público”.
A Operação Lava Jato voltou às páginas policiais em junho deste ano quando o procurador-Geral da República, Augusto Aras, enviou a subprocuradora Lindora Araújo, responsável pela Lava-Jato na Procurador, até Curitiba para recolher dados sigilosos da operação, sem que os integrantes da força-tarefa tivessem conhecimento.
Depois, em uma live, Aras já chamou a Lava-Jato de uma “caixa de segredos” e reclamou que “não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos”. Procuradores da República de todo o País já manifestaram a preocupação pelo possível afastamento de Dallagnol.
Há quem diga que o afastamento do coordenador da Lava-Jato seria o início de um desmonte da operação, que investiga o maior escândalo de corrupção já existente no Brasil. Os parlamentares, hoje, são os mais interessados no fim da operação, que levou à prisão o ex-presidentes Lula (PT) e Michel Temer (MDB) – ambos soltos, mas sob investigação – e outros figurões da política nacional.
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