A Comissão Parlamentar de Inquérito da Lava Jato já está na ponta de agulha para tramitar. Falta apenas o presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia (DEM), decidir quando. Ao todo, 176 parlamentares assinaram o pedido de criação da CPI, que busca investigar uma suposta “atuação política” da operação. O PT, demais partidos da esquerda e setores do Centrão se “assanharam”, o que pode desvirtuar o propósito e já nascer “viciada”.
Dos 176 parlamentares que assinaram o pedido de abertura da comissão, cinco são paraibanos: Wellington Roberto (PL), Damião Feliciano (PDT), Frei Anastácio (PT), Aguinaldo Ribeiro (PP) e Gervásio Maia (PSB).
Se depender de Rodrigo Maia, a CPI continuará na gaveta. “Não é simples você deferir uma CPI contra o Poder Judiciário, contra o próprio Ministério Público. Eu acho que os órgãos de controle do próprio Judiciário ou do próprio Ministério Público precisam funcionar, é isso que nos dará mais tranquilidade, muito mais do que uma CPI”, declarou o presidente da Câmara, em entrevista à CNN.
O tema voltou a roda de conversas nos corredores da Câmara após o procurador-Geral da República, Augusto Aras, dizer que a Lava Jato dispõe de dados de 38 mil cidadãos brasileiros e funciona como uma “caixa de segredos”. Segundo Aras, a operação tem mais dados armazenados do que todo o sistema do Ministério Público Federal.
Em uma live com advogados na última quarta-feira (29), Aras declarou que “é hora de corrigirmos o rumo para que o ‘lavajatismo’ não perdure, mas a correção de rumo não significa redução do empenho no combate à corrupção”, declarou o procurador-Geral da República.
O ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro usou o Twitter para criticar as declarações do procurador-geral “PGR vai à imprensa sugerir desvios da Força Tarefa do MPF da Lava Jato, mas confrontado nada tem de concreto. “A base de dados é muito extensa”. Sim, é a Lava Jato, maior investigação sobre corrupção do mundo”.
A Lava Jato abriu a caixa preta da corrupção, que levou figurões do PT e partidos aliados à prisão, incluindo o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. A operação ainda atingiu o MDB e o PSDB, mesmo que não tenha sido na mesma proporção. Agora, chega aos integrantes do Centrão. Até este ano, a operação já recuperou R$ 4 bilhões de dinheiro desviado pela corrupção no País.
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