O coordenador do DNOCS na Paraíba, Alberto Gomes, citado na Operação “Poço Sem Fundo”, afirmou nesta quarta-feira (25), que não é “apadrinhado” do ex-deputado federal Benjamin Maranhão (MDB), um dos alvos da Polícia Federal, e que está colaborando com as investigações. Ele foi alvo de mandado de busca e apreensão.
Em entrevista coletiva, concedida na sede do MDB em João Pessoa, Alberto creditou as notícias que circularam as mídias sociais e blogs, contra ele, à proximidade do 2º Turno das eleições municipais, já que ele é presidente do MDB na Capital, que tem como candidato Nilvan Ferreira. Disse ainda que não é coordenador da campanha.
Ao todo, a PF cumpriu 15 mandados de busca e apreensão e quatro servidores do Incra na Paraíba foram afastados por 90 dias. Também houve pedido para afastar Alberto Gomes das funções públicas, mas foi negado pela juíza da 16ª Vara Federal, Cristiane Mendonça. Ela justificou não haver indícios da participação do coordenador no esquema de desvio de recursos.
Confira a nota enviada à imprensa após a coletiva:
1) Sou Coordenador do DNOCS/PB desde setembro de 2016, sempre tendo agido com a máxima probidade naquele órgão e nunca respondi a qualquer processo criminal ou cível nesta condição; todas as licitações na minha gestão são acompanhadas e auxiliadas pelos órgãos de controle, como AGU e CGU;
2) A Operação deflagrada na data de hoje teve como alvo central o INCRA, e não o DNOCS, tendo sido afastados quatro servidores daquele Instituto, sendo que não há qualquer investigado relacionado ao DNOCS;
3) Não tenho qualquer relação com o ex-deputado Benjamin Maranhão – há mais de 8 anos não tenho sequer contato com ele –, tampouco sou seu “apadrinhado”, e não fui indicado por ele para ocupar o referido cargo;
4) Não houve apreensão de um único centavo na minha residência, tendo eu, embora surpreso, recebido os agentes de maneira absolutamente tranquila, colocando-me à disposição para imediatamente prestar esclarecimentos, e apresentei espontaneamente meu aparelho celular e um notebook;
5) Ainda nesta manhã, dirigi-me no meu próprio veículo e fui ouvido na Superintendência da Polícia Federal na condição de DECLARANTE, tendo relatado tudo sobre o que tenho conhecimento, e vi que a investigação em
questão diz respeito a gestões anteriores à minha posse;
6) Ao contrário do que circulou em portais nesta manhã, eu não sou coordenador de campanha do candidato Nilvan Ferreira, sendo que tal função cabe ao Sr. Lucas Sales;
7) Destaco, por fim, que foi totalmente rechaçada pela decisão do Juízo da 16ª Vara Federal de João Pessoa – de lavra da Dra. Cristiane Mendonça Lage – qualquer hipótese de meu afastamento das funções, por inexistir qualquer indício mínimo de ilegalidade na minha conduta. Cumpre transcrever o trecho da decisão que trata sobre minha pessoa:
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