Se concretizada, a formação da federação partidária entre os dois maiores partidos do chamado ‘Centrão’ pode mudar os rumos, ou as estratégias, dessas duas legendas para as eleições de 2026 na Paraíba.
Nessa terça-feira (18), em uma reunião convocada pelo senador Ciro Nogueira, que comanda o PP, a Executiva Nacional da legenda recebeu o aval para prosseguir com as tratativas no sentido de consolidar a criação da “super federação”.
Nacionalmente, a federação ficaria com 109 deputados federais, o que aumentaria e muito o poder de decisão, articulação e barganha dentro do Congresso e junto ao Governo Lula, no quesito espaços ocupados.
Agora, quanto às questões na Paraíba, talvez o diálogo não seja suficiente para unir as duas legendas, principalmente com uma eleição em que a cabeça da chapa majoritária será a mais cobiçada dos últimos tempos.
O senador Efraim Filho, à frente do União Brasil, é pré-candidato ao Governo no campo das oposições. O deputado federal Aguinaldo Ribeiro, líder do Progressistas, quer espaço na chapa majoritária do lado governista.
O sobrinho, vice-governador Lucas Ribeiro, é candidato natural à reeleição, com o governador João Azevêdo deixando ou não o cargo antecipadamente. Não é imposição, mas uma boa carta na manga.
Poderiam formar uma chapa? É possível. A questão maior é: quem vai “comandar” quem? Ou talvez: quem abrirá mão de ser o protagonista já que os dois são fortes também no estado? Alguém terá que ceder.
Também é preciso lembrar que se houver uma união e se decidirem caminhar juntos em chapa única, hipoteticamente falando, de um lado desmantelaria a oposição, que depende hoje do União Brasil, do outro, o PP provocaria uma baixa considerável na base governista. Mas, em meio a tudo isso, existem muitos “E SE”.