Opinião: Neutralidade é o “novo normal” da política

A despeito da decisão do senador Veneziano Vital do Rêgo, de se manter neutro neste segundo turno em João Pessoa, caberá sempre uma análise de decisões políticas dessa natureza.

A neutralidade, é um fato, não é exclusividade do emedebista. Os políticos têm optado a cada dia por um lado, os deles mesmos. Foi-se o tempo que os posicionamentos eram transparentes, ideológicos, ou por afinidade. Agora, cada um que pense na eleição seguinte. 

Claro, existem as exceções, mas até essas não têm se furtado à alianças improváveis e questionáveis. Exemplo vêm do próprio Veneziano que se aliou ao ex-senador Cássio Cunha Lima, adversário histórico, em 2022. Ou Cássio que se uniu a Ricardo Coutinho. Ou Ricardo que se aliou a José Maranhão.

Se manter neutro, não se indispor com ninguém, é o “novo normal” na política. E, caro eleitor, não se dê ao trabalho de questionar, a autopreservação na política sempre falará mais alto.

A neutralidade alimenta o dito “ninguém é de ninguém”.