O segundo turno das eleições em Campina Grande, mais do que a disputa com o médico Jhony Bezerra (PSB), será de acerto de contas entre o prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), candidato à reeleição, e o eleitor, que já sinalizou insatisfação e que deseja mais além do mesmo.
A insatisfação não apenas com a gestão de Bruno, mas com o grupo Cunha Lima, e até mesmo com o ex-prefeito e deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) que, notadamente, tumultuou o processo na Rainha da Borborema.
Essa eleição também significa, não apenas para a família, questão de sobrevivência do PSDB, que precisa se manter vivo na cidade, que é seu berço, de olho nas eleições majoritárias, já que Pedro Cunha Lima, que chegou ao segundo em 2022, já de lançou pré-candidato ao governo para 2026.
Em 2020, Bruno não deu nem para conferir, como diria “lá em ‘nóis’”, atropelou a oposição e levou no primeiro turno. Ana Cláudia Vital do Rêgo, esposa do senador Veneziano Vital do Rêgo, ficou em segundo. Hoje, estão juntos e misturados.
Naquele ano, Bruno tinha o então prefeito Romero Rodrigues como principal fiador. Em 2023, veio o mal-estar entre os dois, que durou mais de um ano, e que só foi sanado às vésperas das convenções. Ao que parece, esse estremecimento pode ter reduzido as chances de Bruno vencer, agora, também no primeiro turno.
Óbvio que também não se pode desconsiderar o desempenho surpreendente do médico Jhony Bezerra (PSB), candidato apoiado pelo governador João Azevêdo, Republicanos, Progressistas e PSD.