Antes de oficializar uma candidatura a prefeito de João Pessoa, o PT precisará de muito mais que prévias. Carece de uma ‘mea culpa’.
O “novo tempo” apregoado por Marcos Túlio Campos, ao tomar posse como presidente, precisa vir imbuído de unidade, principalmente em relação ao nome escolhido para representar o PT nas urnas.
Alguns discursos durante o ato revelam que os últimos processo eleitorais, aliadas à decisões equivocadas, têm que ser passados a limpo, na “vera”. Expulsão, punições ou desfiliações, pós pleito, a primeira vista, suficientes. Mas é nítido o desconforto interno.
Pregar democracia, abusando de autoritarismos foi de um contrassenso desmedido. O partido perdeu lideranças históricas, a exemplo de Anisio Maia, e em nome de uma candidatura que nem a PT pertencia.
É preciso autocrítica por parte de alguns interessados no pleito do próximo ano, a exemplo do deputado estadual Luciano Cartaxo, que deixou o PT no momento mais crítico da legenda – não vou entrar no mérito da questão -, voltou e agora busca unanimidade.
Também vale como lição para o ex-governador Ricardo Coutinho que, em 2020, pulou etapas e, de cima para baixo, provocou um rebuliço interno no PT quando nem na legenda estava. Da mesma forma, retornou. De cima pra baixo e já candidato ao Senado.
O que quer o PT? Protagonismo? Então, que afine o discurso. E não adianta querer “surfar” na onda do presidente Lula porque transferência de votos em eleições municipais é mínima. Tem que ser no ‘gogó’ mesmo. E, para isso, ou estão juntos ou não vai funcionar.
A militância precisa acreditar nos seus atores principais. Arrogância, por si só, divide, não soma.
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