Com “telhado de vidro”, Pedro não pode reclamar de Tovar

A frase “Quem tem telhado de vidro, não atira pedra no dos outros” nunca se encaixou tão bem na política, ao longo dos tempos. A postagem do ex-deputado Pedro Cunha Lima com a foto do aliado Tovar Correia Lima, sorridente ao cumprimentar o governador João Azevêdo, é um exemplo disso.

A questão maior não foi republicar a foto, ato complementarmente desnecessário, mas apagá-la em seguida. Uso aqui uma frase repetida sempre pela minha mãe: “quem não pode com o pote, não segura na rodilha”.

Foto por foto, a que o tucano abraça o senador Veneziano Vital do Rêgo, do MDB, no segundo turno das eleições, “chocou” muito mais. Adversários históricos em Campina Grande, hoje trocam afagos nas redes sociais e em eventos dentro e fora de Campina Grande. E esta tudo bem. Faz parte do jogo político.

Quando Cassio Cunha Lima, lá atrás, se uniu a Ricardo Coutinho, em uma aliança até então impensável. A foto deixou os eleitores boquiabertos. E está tudo bem. Segue o jogo da política e depois separa, caso não funcione. Separaram. 

Já diria o próprio Ricardo: “o meu adversário de hoje pode ser meu aliado de amanhã”.

Sendo assim, estes atores, por exemplo, não podem reclamar de outros. 

Sem falar que não está escrito na cartilha  que político de oposição tem que ser mal educado – apesar de que temos visto muitos ultimamente. 

Não foi apenas o sorridente Tovar que incomodou a Pedro, mas o fato de que o grupo pode perder dois dos seus maiores defensores fiéis, além de Tovar, o deputado federal Romero Rodrigues.

Se a política é feita com gestos, Pedro precisa repensar, e rápido, os seus.

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