Após denúncias de assédio sexual, Pedro Guimarães pediu demissão do cargo de presidente da Caixa no início da noite desta quarta-feira (29).
O executivo, um dos mais importantes aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), era o único comandante de estatal que estava no cargo desde o início do governo atual.
Ele será substituído por Daniella Marques Consentino, braço direito do ministro Paulo Guedes e hoje secretária de Produtividade e Competitividade.
Funcionárias da Caixa denunciaram o executivo após ele ter feito várias abordagens consideradas impróprias, com toques íntimos não autorizados e convites incompatíveis com a atividade profissional.
O caso, revelado pelo site Metrópoles, está sob investigação preliminar do Ministério Público Federal e corre sob sigilo. Segundo a reportagem, as supostas investidas de Pedro Guimarães ocorreram durante viagens a trabalho.
“É comum ele pegar na cintura, pegar no pescoço. Já aconteceu comigo e com várias colegas. Ele trata as mulheres que estão perto como se fossem dele”, disse uma das funcionárias da Caixa ao site.
De acordo com as vítimas, durante as viagens, eram costumeiros convites para que elas fossem ao quarto de Guimarães, à sauna ou à piscina em companhia do executivo, fiel aliado de Jair Bolsonaro e presença constante nas lives do presidente.
Em uma das viagens, uma pessoa bastante próxima do presidente da Caixa teria perguntado a uma das funcionárias, conforme o site: “E se o presidente quiser transar com você?”.
As denúncias foram classificadas como “intoleráveis” por Bolsonaro. Segundo assessores palacianos, Guimarães conversou com o presidente por telefone após a publicação da reportagem e declarou que pretendia deixar a função o quanto antes para se dedicar exclusivamente à sua defesa.
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