O paciente Salomão do Nascimento Régis, de 32 anos, retomou o tratamento contra o câncer no Hospital Napoleão Laureano na manhã desta terça-feira (28).
Salomão se tornou conhecido nos últimos dias após ser erroneamente informado de que seu acompanhamento seria interrompido por falta de repasse de recursos municipais.
Em conversa com o vice-prefeito Leo Bezerra e a direção da Fundação Napoleão Laureano ele lamentou o uso político da sua imagem e da sua doença.
“Como cidadão me senti na obrigação de levar o caso à tona pelo desespero, mas me surpreendeu muito a rapidez com que tudo foi resolvido”, disse Salomão, que sofre com uma Leucemia Mieloide Aguda.
Ele complementou: “Agradeço muito a todos que nos ajudaram e agora vou para minha última quimioterapia para fazer o transplante e ficar curado. Agradeço muito a todos que colaboraram”.
O prefeito Cícero Lucena (Progressistas) destacou que a Prefeitura da Capital, assim que soube do ocorrido, procurou imediatamente entender o que tinha acontecido.
“Houve um erro de comunicação, não por parte da Prefeitura, e mesmo aqueles que quiseram se aproveitar politicamente do sofrimento dos outros, estão vendo que a gestão agiu com responsabilidade”, declarou o gestor.
“Nossa disposição é de cuidar das pessoas mesmo que haja alguns políticos que não queiram que isso aconteça. Está tudo esclarecido e vai ser continuado o tratamento de Salomão e de todos aqueles que tiverem a regulação do seu tratamento”, disse.
O vice-prefeito Leo Bezerra visitou o Hospital Laureano nesta manhã e se reuniu com a direção da Fundação, com a Controladoria Geral da União e com o próprio paciente.
“A Prefeitura está tranquila pois tem certeza que todos os recursos foram encaminhados ao Hospital no tempo certo. Procuramos Salomão desde o primeiro momento para identificar o problema e nos prontificamos a resolver tudo”, afirmou.
Em nota conjunta publicada recentemente, a Prefeitura e o Hospital Laureano explicaram que jamais existiu por parte da prefeitura da capital, bem como da Secretaria Municipal de Saúde, qualquer medida que pudesse impedir ou mesmo adiar o tratamento indicado para o paciente (quimioterapia).
“Tampouco há entre os entes supracitados débitos relacionados a procedimentos que pudessem justificar a interrupção de serviços. O que aconteceu lamentavelmente foi uma falha de comunicação que levou o usuário a crer que seu tratamento poderia ser suspenso”, diz o texto.
A nota ainda indica a necessidade de inclusão do paciente no Sistema de Regulação, o que já foi feito.
O presidente da Fundação Napoleão Laureano, Marcelo Pinheiro, destacou o encontro prévio com o prefeito Cícero Lucena.
“As questões administrativas foram sanadas, inclusive com a pactuação de mais serviços, tornando a parceria mais abrangente e beneficiando ainda mais usuários. A situação foi selecionada e o Hospital agradece à Prefeitura pelo empenho na resolução”, afirmou.
O superintendente da CGU na Paraíba, Severino Queiroz, afirmou que o encontro serviu para resolver questões referentes à contextualização que vão beneficiar toda a população paraibana.
“É um passo muito importante para que o paciente seja atendido e tenha seu tratamento de forma continuada para que seja curado”, declarou.
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