Líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Cabo Gilberto (PSL) não gostou muito das declarações do ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD), pré-candidato ao governo da Paraíba pelo grupo que busca derrotar o governador João Azevêdo, nas eleições de 2022.
Em entrevista, Romero disse ter posicionamento de Centro, que não é afeito a radicalismos e tem um estilo conciliador. Disse ainda que, caso partidos de esquerda queiram apoiá-lo, não vai fechar as portas. As declarações incomodaram Cabo Gilberto, que integra a direita mais conservadora do país e apoia o projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, ainda sem partido.
O grupo das oposições na Paraíba, apesar de pregar a união, terá que se esforçar um pouco. Caso contrário, corre o risco de sair partido para as eleições de 2022, a exemplo do que aconteceu em 2018 no Estado. Romero, ainda na entrevista, deixou claro que não negaria palanque ao PSD, caso esse decida ter candidato a presidente da República. A questão é: alguém vai ter que ceder.
A questão das eleições estaduais é que parte da oposição atua no campo da direita conservadora e quer que o palanque trabalhe para o reeleger Bolsonaro. A outra parte, a exemplo do PSDB e do PSD, deve marchar em outros campos. Hoje, o nome de Romero Rodrigues é o mais forte. O outro seria o do tucano Pedro Cunha Lima. E, ainda tem Nilvan Ferreira, presidente do PTB, que precisaria de uma aliança forte para entrar na disputa.
“Nós respeitamos as declarações do ex-prefeito de Campina Grande, que está no grupo da oposição. Agora, mais importante do que nomes é a união desses partidos que fazem oposição ao governador João Azevêdo”, disse Cabo Gilberto.
E completou: “Eu entendo que político tem que ter lado. E o nosso lado é esse, em defesa do presidente da República, que está fazendo um excelente mandato. O nosso lado é dos conservadores natos. Não tenho espaço para dialogar com a esquerda, como o PT e o PSOL. Se for para colocar um nome do PT na chapa, estou fora totalmente”.
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