O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou em caso de atraso na entrega da CoronaVac, a segunda dose poderá ser aplicada a partir de 28 dias após a aplicação inicial da vacina, sem prejuízo à imunização. A fala vem em um momento em que começam a faltar vacinas para serem distribuídas a estados e municípios, comprometendo a aplicação da 2ª dose.
Ele informou que a orientação sobre a segunda dose sofreu alteração. Inicialmente, definiu-se que ela deveria ser aplicada entre 14 dias e 28 dias da primeira. Agora, segundo ele, a recomendação é para que seja aplicada 28 dias depois. Ele garantiu que, mesmo passando esse prazo, não há perda na imunização. “Se for em 30 dias, em 45, não importa. Não já prejuízo. O que não pode é não ter a segunda dose”, comentou.
O Butantan garantiu que não houve paralisação da produção das vacinas CoronaVac. Segundo o diretor da entidade, insumos para produção do imunizante, que vêm da farmacêutica chinesa Sinovac, atrasaram, mas não vão comprometer a fabricação das doses acertadas com o Ministério da Saúde.
“Não tem nenhuma novidade. O que aconteceu de fato é que haveria um embarque (dos insumos) previsto para o dia 08 deste mês e foi postergado para a semana que vem (previsão de chegada até 19/4) por um problema absolutamente burocrático de autorização da agência alfandegária da China”, afirmou.
Dimas Covas garantiu que os insumos já estão prontos para embarque na China. “Temos um cronograma para entrega de 10 milhões de vacinas em abril. Dessas, cinco milhões já estão entregues. Vamos entregar mais um pouco. Se o IFA chegar na semana que vem, como está previsto, ele (o calendário) será mantido”, explicou.
Apesar do atraso da chegada do IFA, o Butantan tem 3,2 milhões de doses já prontas. Elas passam pelo controle de qualidade do instituto e devem ser enviadas aos estados e municípios em breve.
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